quarta-feira, 4 de abril de 2012

Dia da Madhely!





Acho que todo filho sempre levanta a bandeira de que tem a melhor mãe do mundo.
E, no fundo, acho que todo mundo tem razão. Eu não sou mãe, mas sou madrinha e daí já sinto um amor tão grande que eu viraria uma leoa para defender minhas crias, por mais rebeldia que eles viessem a fazer e não duvido que com mãe é diferente; cada uma com seu jeitinho. Mesmo que seja daquelas que não conseguem traduzir o amor em palavras ou gestos de carinho, ou aquelas com incompatibilidade de gênio com filho, ou que batem, ou que por algum motivo, deram seus filhos. Acredito no amor incondicional de mãe pelo filho e, no nosso caso, incondicional de filhos para mãe.

Tive a sorte de nascer numa família perfeita, com imperfeições quase que imperceptíveis perto da singularidade da nossa sintonia e, como base de todo esse amor, só podia estar ela; a melhor mãe do mundo.

Eu não sei quanto a sua, mas a minha é a melhor do mundo porque me lembro desde a infância de ter sido sempre muito amada e saber disso (o que é essencial); me lembro da dedicação dela nas noites em claro preparando, ela mesma, a ornamentação das nossas festas de aniversário (até hj não sei como ela fazia isso, já que não tem jeito pra trabalho manual), me lembro dos passeios da infância, das viagens em família, da criação em Cabo-Frio que nos ensinou a tratar com igualdade os amigos de diferentes classes sociais, já que tivemos a sorte de estudar em um dos melhores colégios do bairro e passar os finais de semana em um lugar mais simples.

Quando era criança, eu sempre quis ser a escolhida pela professora para ler o discurso de homenagem no dia das mães e sempre achei que nunca seria escolhida. Tinham grandes festas nas datas comemorativas na minha escola. Teve uma época que eu nem ligava mais. As festas eram sempre no final da tarde e, normalmente, minha mãe estava trabalhando. E eu e meu irmão fazíamos tantas atividades extra curriculares que só saíamos da escola bem depois da maioria dos nossos amigos. Um dia, me escolheram para participar dessa homenagem e, nesse dia, olhei para aquelas mães e me peguei triste porque não vi a minha ali, logo naquele dia que eu tanto queria participar. Eis que no finalzinho da homenagem, quando cantávamos uma música que agora, realmente não me lembro qual era, chega a minha mãe correndo feito uma louca, com sacola de papel na mão, bolsa, carteira. Ela usava uma saia comprida que pegava na altura da canela, dessas meio rodadas que era moda antigamente e calçava um sapato clássico daqueles fechados com a ponta do dedo para fora. Lá veio ela, toda elegante, de cabelo feito, sempre muito bem maquiada e me lembro como se fosse hoje que, nesse momento, eu sorri.

Acho que foi ali que eu percebi o esforço que ela fazia para estar presente nesses momentos. Quando digo ela, é porque é um texto dedicado a minha mãe, mas nunca tive dúvida que esse foi esforço dos meus pais. Grandes e maravilhosos pais que, hoje, são também nossos melhores amigos.

Meus pais não são do tipo convencionais, cheios de regras para a vida ou que nos educaram para estudar medicina e seguir padrões da sociedade. É claro que tivemos a educação do bom dia, obrigada e com licença, mas não de chamar todas as pessoas mais velhas como senhor ou senhora, por exemplo. Tínhamos hora pra brincar, hora para estudar, eles queriam que passássemos em concursos públicos para garantir a estabilidade pra sempre, mas sempre nos deixaram livres para fazermos nossas escolhas e, a melhor parte, nenhuma das escolhas que fizemos foi vivida a sós por mim ou pelo meu irmão.

Porque temos pais que são nossos parceiros de loucuras, com quem podemos fazer uma viagem, levar nossos amigos de qualquer espécie em casa e podemos, até mesmo, sentar juntos na mesa de bar e beber boas cervejas enquanto rimos de boas histórias.
Mas não posso deixar de dar boa parte desses créditos para minha mãe. Porque ela quem atura todos nós. Meu pai, minha avó, meu tio, eu e meu irmão e até mesmo, a Belinha, minha cachorra que ela cuidou por 1 ano. É nela que todos nós nos apoiamos quando precisamos de alguma coisa, é sempre no colo de mãe que precisamos chorar as perdas.

Por tudo isso que eu disse e por, independente da família da qual ela é alicerce, minha mãe merece que o dia dela seja comemorado todos os dias. Por ser a pessoa incrível que é, por ser mãe dos meus amigos também, por ser uma grande parceira e amiga e por ser, claro, a melhor mãe do mundo.
Hoje o dia é seu D.Regina e desejo que esse seja mais um ano de muitas alegrias. Somos fortes e poderosíssimos e, com certeza, as adversidades que surgem no nosso caminho são nada perto das vitórias que vocês já alcançaram e que agora, eu e o Gu corremos atrás.

Desejo que esse ano novo venha com ainda mais alegrias, que eu e meu irmão possamos te encher de orgulho e que você saiba que sempre farei de tudo pra te ver sorrir. E tomara que, se um dia eu for mãe, que eu seja metade da mãe incrível que você é.

Falo tudo isso em meu nome e no nome do meu irmão, que como você sabe, tem outros méritos que não escrever um texto de blog nos aniversários dos que ele ama! rs

Nós te amamos!

FELIZ ANIVERSÁRIO!!!!!

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