segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Amor de quinta, amor de PAZ.

Pulei ele. Aposto que esta vindo aqui todos os dias esperando pelo seu texto. Do jeito que é fofoqueiro. RS

Ai, eu teria tanto para falar nesse capítulo que mal sei por onde começar, mas vamos lá.

Eu posso dizer que vivi um amor de novela.

Sabe aquela coisa de se beijar ouvindo sininhos que todo mundo sempre quis? Pois com a gente foi assim desde o primeiro dia.

Era uma noite linda. O lugar era uma delícia e passamos horas conversando à luz da lua. Somente nós dois e o barulho do mar. Ele foi chegando perto, falamos de poesia olhando nos olhos um do outro e ... o beijo.

O mundo inteiro parou ali e os sininhos começaram a tocar. Eu estava apaixonada.

Dormi com sorriso de adolescente em filme de sessão da tarde e quando acordei só pensava naquele beijo. O telefone tocou. Era ele para dar “bom dia”.

Uma semana foi o suficiente para estarmos totalmente ligados. Eu estava tirando o carro da garagem para ir trabalhar quando recebi uma mensagem apaixonada que agradecia por aquela semana.

Dali até o final do nosso “relacionamento” foi tudo muito lindo e intenso.
Com direito a tudo que um amor de novela tem direito. Inclusive as histórias polemicas.

Com esse amor tive jantares românticos, surpresas inesquecíveis, noites para admirar as estrelas, luz de velas, troca de poesias. Com esse amor me apaixonei mais por Vinicius de Morais, reli o Pequeno Príncipe junto, parei para admirar a beleza das luzes de cidade se acendendo e apagando na madrugada.

Por esse amor me dediquei ao departamento das coisas eternas e as estréias dos “Eu te amos”.

Meu sapinho me proporcionou viver um querer livre, diferente de tudo que eu já tinha vivido até então. Um amor sem egoísmo, que respeitava os espaços, que dava valor à simplicidade e que acreditava que detalhes nunca são meros.

Amor de pedrinha na janela no meio da madrugada, de passeio de bicicleta em cartão-postal, de amor no alto de um farol. Um amor de PAZ, nossa palavra.

Como todo amor, sonhamos com filhos, falamos de futuro, partilhamos medos e não nos preocupamos em desfazer esses planos, ou não.

Com tudo que nos envolvia de problemas, esse capítulo da minha série superou todos e foi a experiência mais enriquecedora que tinha tido até então.

Trocamos milhões de e-mails, rezamos juntos, preparamos surpresas, cuidamos um do outro, foomos a lugares legais, batizamos algumas coisas como sendo nossas. Uma praia, uma poetisa, uma música, um livro...

Desse amor não vou falar de datas, fases ou local que nos conhecemos. Sei que ele vem sempre aqui e, ainda assim, não precisaria desse texto para deixá-lo saber de tudo isso.

Acho que fui tão feliz nesse período que eu não via nada além daquele sorrizão e do brilho nos olhos dele quando olhava para mim.

Sempre estivemos em momentos diferentes na nossa vida e, talvez por isso ou por uma opção implícita nossa, não ficamos juntos.
É claro que tivemos dias tristes, dias de decepção nas idas e voltas da vida dele e depois, da minha.

Derramamos algumas lágrimas que não nos deixaram marcas.
Elas fazem parte do nosso amor.

Dançamos as mais belas músicas e nos deixamos livres para sermos felizes e assim, conseguimos manter vivo nosso conto de fadas que, com certeza, foi vivido a dois.

“Te amo como nunca amei
Você longe, meu continente, meu rei
Eu te amo quantas vezes for sentido
E só nesse motivo, é que te amarei”


Obrigada, sua Paz.

Amor de quarta... Amor de música e aventura!

Vou dedicar a quarta-feira da minha semana dedicada as histórias do coração amo meu amor de ponte aérea.

Esse amor me lembra música do legião Urbana, ou o exagerado de Cazuza. Definitivamente, uma forte candidata a uma vida de marinheira, com um amor em cada porto, como eu, não poderia deixar de ter uma historia como essa.

Av. Paulista, março de 2007. O cenário era um bar barato, com algumas cervejas na mesa, um bom papo e boas risadas e ali já descobrimos afinidades que nos levaram a viver um amor a 100km/H.

Trabalhavamos na mesma empresa, em cidades diferentes. E em uma madrugada de evento corporativo eu estava perdida por SP e depois do papo de mais cedo na mesa de bar, liguei pra ele me salvar e lá foi ele ao meu encontro, sei lá, às 3H da manhã, pra me levar pra “casa”.

Tenho a riqueza dos detalhes de cada capítulo dessa historia que, sei, magoa outro dos meus amores, mas que não poderia deixar de escrever.

Como tudo em que me envolvo, me apaixonei e me joguei de cabeça nessa relação proibida por todos os lados. Não conseguia mais acordar sem fazer ligação DDD e era maravilhoso não acordar nenhum dia sem receber uma mensagem ou ligação de 011.
Meu guri, como o chamava, me apresentou minha atual SP, me levou ao cenário da famosa melodia que canta o cruzamento da Av. Ipiranga com a Av. São João.

Nós nos divertíamos tanto juntos...

Acho que vivi com esse amor na intensidade que deveria ter vivido com meu amor da história de ontem, já que estávamos na adolescência, mas isso só aconteceu quando eu já tinha 24, no entanto, meu guri estava na flor dos seus 17 anos.
Todos os dias me dava vontade de largar tudo, arrumar a mala e viver com ele. Acho que se tivéssemos tido coragem na época, não duvidaria se estivéssemos juntos até hoje.

Ele era como a tampa da minha panela, nos completávamos em todos os sentidos. No descaso ao perigo, na paixão pela aventura, no amor pela música, na intensidade das relações e na total ignorância do medo de ser feliz. Acho que ambos continuamos com o mesmo perfil até hoje.

A lembrança mais doce que tenho desse amor foi um sábado de sol no Rio de Janeiro. Na noite anterior ficamos no telefone até tarde. Falamos da insuportável distancia entre o RJ e SP; eu adorava ouvir a voz dele e ele estava sempre elogiando meus cachos. Desligamos juntos ouvindo repetidos Eu te amos.

Como todo sábado, acordei e fui ao salão quando meu telefone tocou e a bina me mostrou ele ligando. Eu já fiquei feliz ali mas o que me esperava era muito melhor. Sem resistir, ele desligou o telefone comigo e foi para a rodoviária, de onde estava ligando para dizer “preciso te ver”. Foi a tarde mais linda desse amor.

Peguei no sono em um momento da tarde e quando abri os olhos, ele estava sentado ao meu lado, me olhando e com o violão nos braços, começou a tocar músicas que entoaram nosso romance. Lembro que a trilha começou com Caetano e a sua “O que que vou fazer pra te esquecer. Sempre que já nem me lembro. Lembras pra mim// Cada sonho teu me abraça ao acordar como um anjo lindo// Mais leve que o ar, tão doce de olhar. Que nem um adeus pode apagar...”

Foi incrível! E, que me desculpem todos os outros amores que me fizeram surpresa mas aquilo foi demais!

Naquele dia ele não tinha ido ao Rio somente para me ver. Tinha ido, também, para se despedir de mim. Eu não podia manter aquela relação escondida e ele não podia se prender a mim. E choramos...

Aquele foi um Tchau, porque não durou por muito tempo. Fui ao seu encontro no aniversário de 18 anos, lhe preparei surpresas e ali, sim, foi nossa despedida. Não nos falamos mais.

A pouco tempo vim a SP e nos encontramos no mesmo lugar de sempre. Eu estava pronta para voltar ao Rio quando nos encontramos na rodoviária em São Paulo. Estava sentada, lendo, esperando o horário do ônibus quando ele parou na minha frente, na dúvida se era realmente eu quem estava ali. Até que levantei o rosto e lhe sorri.
Nem preciso dizer que mais uma despedida de SP acabou em um bar, com cervejas, músicas com voz e violão e nós, voltando cada um pro seu canto, trocando mensagens apaixonadas de saudade que, mais uma vez, só ficaram nas lembranças.

Saudade desse amor aventureiro!

O amor de terça... o do puro êxtase

Conheci o segundo amor da minha série na escola.
Eu não era a menina mais desejada e ele não era o mais popular. Começamos com uma amizade de leve que logo virou romance.
Lembro bem da primeira vez que nos beijamos e de todas as outras, quando aprendemos juntos o mais literal dos sentidos da palavra desejo. Estávamos a flor da pele sempre.
Nos víamos todo final de semana numa festinha de rua perto de casa e, quando a gente se via dava choque. Lembra? rs
Ele era o namorado que toda menina gostaria de ter. Mandava-me vários recados pelo teletrim (pois é, sou dessa época), trocavamos recadinhos apaixonados durante a aula, fazia juras de amor, me protegia, tinha planos para o futuro... Mas eu já estava me transformando na mulher independente que sou hoje. Só depois de madura que percebi que o amor que ele me oferecia era demais para mim.
15 anos. Lá estava eu na minha festa de debutante. Meu primeiro amor foi, mas eu só tinha olhos para o segundo. Nesse dia ainda não tínhamos contado para ninguém que éramos namorados então, naquele caderno que as pessoas deixam mensagens, ele me deixou um recado que eu sabia querer dizer "Eu te amo". Nosso namoro não durou muito tempo. Eu queria sair todos os dias e ele era mais caseiro.
Ele estava em uma fase difícil e eu me culpava por um monte de coisas. No fundo, bem que queria estar com ele, mas hoje considero que naquela época eu era meio "Maria vai com as outras". Não conseguia me dividir bem entre as amigas e o namorado.
Elas achavam careta e eu nunca disse isso para ele, mas ficavam me dizendo que ele era feio. Eu não estava nem aí pra isso, entre a gente, mas acho que me preocupava com a minha imagem de popular. Eu sei que é ridículo, mas eu tinha 14 anos e me importava com a opinião alheia, mesmo que distorcida. Que bobeiras fazemos quando temos 14 anos não é mesmo?
Esse meu amor sempre foi um cara por quem tive muita admiração. Talvez, de todos os amores, de quem sou até hoje, mais fã. Principalmente pela coragem de enfrentar suas escolhas.
18 anos. Eu tinha terminado um namoro com outro menino de mesmo nome mas totalmente oposto desse amor. Era um lord loiro de olhos azuis, com um corpo escultural e que não queria nada com a hora do Brasil. Duvido que tenha uma carreira hoje.
Pois bem, não me lembro como mas a vida nos colocou denovo no caminho um do outro. O reencontro foi legal mas continuávamos muito diferentes. Ele só pensava na carreira, em estabilidade e no futuro e eu só queria saber de curtir meu carnaval na Bahia, ir às festas mais badaladas e viver um dia de cada vez, como faço até hoje.
Cada um seguiu seu rumo mas sempre tive nele um porto seguro e nas minhas noites de pileque ligava na madrugada pedindo colo. Sempre fui possessiva e até mesmo egoísta. Achava que deveria mante-lo por perto e tinha dificuldade de respeitar o espaço dele e a vida pessoal tmb. Sempre fomos muito amigos. Eu o amava muito e queria te-lo na minha vida como meu anjo da guarda. Eu não conseguia respeitar o limite da amizade e isso fez com que ele se afastasse de mim.
O legal da minha vida com esse amor é que isso durou dos 14 aos 20 quando nos conhecemos melhor e conhecemos um ao outro também. Aprendemos a nos respeitar e respeitar nossos estilos de vida.
Meu segundo amor é uma pessoa a quem sou eternamente grata. Passamos muitas madrugadas conversando sobre a vida e os sonhos, discutíamos quase todos os dias porque ele me achava fútil e eu achava ele um chato. Cá pra nós, acho q pensamos assim até hoje mas não duvido que, como amigos, mantemos esse laço de carinho tão bacana da adolescência.
Ainda tenho todas as cartas e bilhetinhos que esse amor escreveu pra mim. Às vezes os leio e sorrio sozinha lembrando aquela época de descobertas que vivemos juntos e não tenho como não lembrar esse amor toda vez que toca o Barão Vermelho e o "Puro êxtase" que virou nossa trilha sonora.
Desejo tantas coisas boas para meu amor de escola que mal cabem em mim e sou feliz demais por ter tido esse anjo na minha vida.

Sei que você leu esse post, sendo assim, o meu muito obrigado por essa história!