terça-feira, 7 de junho de 2011

"Queria ser o banquinho da bicicleta"

Essa é a música que me lembra meu primeiro grande amor. Nada romântico, eu sei, mas era coisa da fase.
O dia dos namorados pode até ser comercial, mas de um jeito ou de outro, inspira. E cá estou eu, aproveitando a deixa para falar dos meus amores. Agora, estou ouvindo Vinicius e inspirada a escrever sobre ele nessa semana em que todo mundo pensa no seu amor do presente, passado ou futuro.




Conheci o primeiro amor da minha série quando ainda era uma criança. Eu deveria ter, sei lá, uns 11 anos ou menos. Foi com ele que eu aprendi o que era amar uma pessoa. Ele é meu vizinho no condomínio da casa de praia, sendo assim, foi, a vida inteira, meu amor de verão.
Eu ainda era bem nova quando nos beijamos pela primeira vez, brincando de pique - esconde pelo condomínio(Sim, ainda brincava-se nessa idade 15 anos atrás). Por uma enorme "coincidência" sempre nos escondíamos nos mesmos lugares. Que delícia lembrar disso hoje, da inocência da juventude. Me soa tão saudável...

Passávamos os verões nos encontrando escondidos dos nossos outros amigos do condomínio e criamos uma tática que, a gente jurava que ninguém nem desconfiava (rs).
Naquela época o programa dos adolescentes era ficar até altas horas da madrugada conversando num banquinho que ficava bem enfrente a minha casa. Todo mundo se encontrava ali para bater papo e cada um ia se retirando no seu tempo. Por mais uma coincidência, eu e ele éramos sempre os últimos. Então, todo mundo ia andando para a casa e a gente fingia fazer o mesmo e voltava para se ver e passar mais algumas horas conversando e namorando sob a luz da lua. Hoje percebo o quanto era bonito aquele tempo que passávamos juntos, não pelo amor. Até porque, ele nunca sentiu isso por mim, mas pela inocência e pelas descobertas de desejos que fomos descobrindo bem aos pouquinhos ao longo dos anos. E era tudo muito puro, muito sincero. Queria que as meninas de hoje também tivessem essa calma.

Eu e ele devemos ter uns 3 anos de diferença mais ou menos. Quando se tem 28 anos, isso não faz a menos diferença, mas, naquela época acredito que estávamos eu com uns 12 e ele 15. Aí já viu, né?
Eu era apaixonada por aquele sorriso com aparelho nos dentes e o jeito que ele passava a mão no cabelo, super liso, para tirar do rosto. Achava um charme ele tocando violão e ser, como eu, apaixonado pela música. Eu era totalmente apaixonada. Passava dias pensando nele, anotava todos os dias na agenda a quantos dia eu não o via, escrevia cartas de amor, ligava para ouvir a voz, sempre respondia aquele nome nos famosos cadernos de perguntas da época... aff. A gente é tão boba quando é nova e isso é tão bom.

Passamos bons anos "juntos", esperando pelas férias e feriados para nos vermos. Aí veio a adolescência. Eu já não queria me encontrar às escuras e ele, já não queria mais só beijos e carinhos. Quando ele entrou na adolescência começou a pensar como os meninos adolescentes e me deu um ultimato que me decepcionou totalmente. Acho que foi nessa época que paramos nossa história. Eu já era decidida e, mesmo apaixonada, não me deixei levar. Rapidamente acabou aquele encanto todo que eu sentia por ele.

Até porque, nessa época, eu já estava conhecendo um outro amor...

4 comentários:

Tathiane disse...

esperando os outros capítulos...

Tathiane disse...

tah escrevendo cada vez mió!

. disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

Quero ver o próximo!