segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Amor de quarta... Amor de música e aventura!

Vou dedicar a quarta-feira da minha semana dedicada as histórias do coração amo meu amor de ponte aérea.

Esse amor me lembra música do legião Urbana, ou o exagerado de Cazuza. Definitivamente, uma forte candidata a uma vida de marinheira, com um amor em cada porto, como eu, não poderia deixar de ter uma historia como essa.

Av. Paulista, março de 2007. O cenário era um bar barato, com algumas cervejas na mesa, um bom papo e boas risadas e ali já descobrimos afinidades que nos levaram a viver um amor a 100km/H.

Trabalhavamos na mesma empresa, em cidades diferentes. E em uma madrugada de evento corporativo eu estava perdida por SP e depois do papo de mais cedo na mesa de bar, liguei pra ele me salvar e lá foi ele ao meu encontro, sei lá, às 3H da manhã, pra me levar pra “casa”.

Tenho a riqueza dos detalhes de cada capítulo dessa historia que, sei, magoa outro dos meus amores, mas que não poderia deixar de escrever.

Como tudo em que me envolvo, me apaixonei e me joguei de cabeça nessa relação proibida por todos os lados. Não conseguia mais acordar sem fazer ligação DDD e era maravilhoso não acordar nenhum dia sem receber uma mensagem ou ligação de 011.
Meu guri, como o chamava, me apresentou minha atual SP, me levou ao cenário da famosa melodia que canta o cruzamento da Av. Ipiranga com a Av. São João.

Nós nos divertíamos tanto juntos...

Acho que vivi com esse amor na intensidade que deveria ter vivido com meu amor da história de ontem, já que estávamos na adolescência, mas isso só aconteceu quando eu já tinha 24, no entanto, meu guri estava na flor dos seus 17 anos.
Todos os dias me dava vontade de largar tudo, arrumar a mala e viver com ele. Acho que se tivéssemos tido coragem na época, não duvidaria se estivéssemos juntos até hoje.

Ele era como a tampa da minha panela, nos completávamos em todos os sentidos. No descaso ao perigo, na paixão pela aventura, no amor pela música, na intensidade das relações e na total ignorância do medo de ser feliz. Acho que ambos continuamos com o mesmo perfil até hoje.

A lembrança mais doce que tenho desse amor foi um sábado de sol no Rio de Janeiro. Na noite anterior ficamos no telefone até tarde. Falamos da insuportável distancia entre o RJ e SP; eu adorava ouvir a voz dele e ele estava sempre elogiando meus cachos. Desligamos juntos ouvindo repetidos Eu te amos.

Como todo sábado, acordei e fui ao salão quando meu telefone tocou e a bina me mostrou ele ligando. Eu já fiquei feliz ali mas o que me esperava era muito melhor. Sem resistir, ele desligou o telefone comigo e foi para a rodoviária, de onde estava ligando para dizer “preciso te ver”. Foi a tarde mais linda desse amor.

Peguei no sono em um momento da tarde e quando abri os olhos, ele estava sentado ao meu lado, me olhando e com o violão nos braços, começou a tocar músicas que entoaram nosso romance. Lembro que a trilha começou com Caetano e a sua “O que que vou fazer pra te esquecer. Sempre que já nem me lembro. Lembras pra mim// Cada sonho teu me abraça ao acordar como um anjo lindo// Mais leve que o ar, tão doce de olhar. Que nem um adeus pode apagar...”

Foi incrível! E, que me desculpem todos os outros amores que me fizeram surpresa mas aquilo foi demais!

Naquele dia ele não tinha ido ao Rio somente para me ver. Tinha ido, também, para se despedir de mim. Eu não podia manter aquela relação escondida e ele não podia se prender a mim. E choramos...

Aquele foi um Tchau, porque não durou por muito tempo. Fui ao seu encontro no aniversário de 18 anos, lhe preparei surpresas e ali, sim, foi nossa despedida. Não nos falamos mais.

A pouco tempo vim a SP e nos encontramos no mesmo lugar de sempre. Eu estava pronta para voltar ao Rio quando nos encontramos na rodoviária em São Paulo. Estava sentada, lendo, esperando o horário do ônibus quando ele parou na minha frente, na dúvida se era realmente eu quem estava ali. Até que levantei o rosto e lhe sorri.
Nem preciso dizer que mais uma despedida de SP acabou em um bar, com cervejas, músicas com voz e violão e nós, voltando cada um pro seu canto, trocando mensagens apaixonadas de saudade que, mais uma vez, só ficaram nas lembranças.

Saudade desse amor aventureiro!

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