quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Hospital Memorial ou Salgado Filho?

PRECISO criar o hábito de passar por aqui mais vezes. Ora, veja bem, só eu mesma vou ler o que escrevo, então, posso bem falar o que eu quiser e contar meus passos como se fosse um diário de adolescente. Mas eu bem queria ter capacidade intelectual suficiente para me garantir com crítica à política ou aos negócios. Enfim... Vamos ao que interessa!

Tenho 3 assuntos em pauta para escrever para vocês: Adoção, Hospital e BBB (Normal! Hehehe), mas diante dos meus dois dias acamada por conta de uma gripe inconveniente, acho que só me resta optar pelo segundo assunto.

Hospital Memorial ou Hospital Salgado Filho?

Lembro bem dos meus três dias de Salgado Filho com meu querido marido (não, ainda não assinei papel, mas a modernidade nos permite tratar assim) em crise renal.
Sim, eu me estressei com a demora, entristeci com a pobreza, ri com as figuras, assisti porrada de marido em mulher, aquela confusão que vocês já sabem... Gente te chamando de “Ném”, mãe assoando nariz de criança com a camisa... cruz!
Não, eu não fiquei indignada. Confesso que esperava coisa bem pior. Gente chegando baleada ou pessoas tendo convulsão em pleno corredor. Graças a Jeová, como diria Felipe Muller, não passei por isso. Lá é Hospital Público, não seria nada demais se acontecesse.

Pois bem. Final de semana não me senti bem e na segunda, depois de únicas duas horas de trabalho, “Pedi pra sair”. Estava tossindo muito e totalmente entupida, além da febre que insistia em deixar meu corpo mole. Depois de passar em casa e colocar um salto que combinasse com hospital, parti, acompanhada de Madhely, para o Hospital Memorial.
Eu tenho um plano de saúde que me permite ser consultada em hospital particular.
Chegando lá, uma fila horrorosa para fazer a ficha para, então, esperar pelo atendimento médico. Pois bem, esperei por quase uma hora, com uma mulher (se não era pobre, tinha espírito de tal) chata e cansativa que não parava de repetir sua insatisfação com o Hospital. “É um absurdo, a gente paga e fica essa confusão!” Gritava ela pelo corredor. Um senhor, que estava com seu filhinho que aparentava ter 4 anos, no máximo, estava nitidamente preocupado. O menino tinha comido miojo feito pela irmã mais velha e parecia ter tido alguma infecção, pois o coitadinho não parava de vomitar. (Sim, ele não parava de vomitar no corredor onde esperávamos atendimento). E a pentelha, insistia nos gritos “Se fosse meu filho eu saia entrando no consultório”, virou para o lado, olhou para uma outra mãe e disse em tom alto (claro, pq pobre não conhece volume baixo) “Em casa canta de galo que é uma beleza, aí, quando é para o filho fica parado esperando, eu heim. Homem é tudo igual!” Nessa hora, não deu para conter o riso, discreto, mas presente. Me deu vontade de dizer: “Minha senhora, o que a senhora tem haver com isso? Por acaso conhece o cara?” Mas me segurei!
Eu já estava começando a ficar nervosa com tanta gente farta de erros de conjugação à minha volta. Aff, cadê esse médico?
Esqueci de um detalhe, além da fila por ordem de chegada, entre um paciente e outro, vinha alguém com resultado de exame que o doutor tinha peço e entravam na sala, sem pedir licença claro, para mostrar o resultado. Que saco!
1h e alguns minutos depois, o cara que estava na minha frente foi chamado. ÔBA, eu seria a próxima. SERIA, disseste bem, se não fosse a coordenadora das recepcionistas que atente pelo nome de Fátima. Sim, esse é o nome verdadeiro.
Fátima escalou uma de “suas” funcionárias e decidiu levar alguns pacientes para o outro médico, já que não tinha ninguém lá.
Quando a recepcionista perguntou quem estava na vez, nem pensei duas vezes. “Eu sou a próxima!” ÔBAAAAAAAAA!!!! Tirei a sorte grande.
Puts! Eu não sabia que Fátima não sabia o que estava fazendo. Nos mandou, com uma recepcionista que tentava ser profissional sem ser burra - em vão, para o prédio do lado.
Depois de ir para o 3º andar, a funcionária descobriu que o médico, na verdade, estava no 2º. Ao chegar, encontramos uma sala de espera com umas 10 pessoas com consulta marcada! Ora bolas, se eu tivesse lá aturando a maluca escandalosa era bem capaz de eu já ter conseguido ser atendida.
Enfim, depois de dar meia dúzia de esporros, me mandaram voltar para o lugar onde eu estava. QUE SACO! CADÊ A TAL FÁTIMA????
Voltei. Eu, e os adeptos à causa “Por um Hospital melhor”, em busca de uma solução.
Expliquei o caso para a tal supervisora e, com uma cara blasé, ela se virou e me mandou ir para a emergência. Quando então, consegui ser atendida por uma médica sem sombrancelhas, que me disse: “Você deve estar gripada mesmo. Não toma nada não, em caso de febre, Tylenol”. Puts fiquei duas horas no hospital para a mulher dizer o que eu já sabia??? Ok. Eu precisava mesmo do meu atestado médico, então foi válido.
Para fechar a minha saga “Memorial fazendo curso para Salgado Filho”, a médica disse: “Olha, em tempos de virose, é melhor você ficar atenta. Caso surja algum outro sintoma, volta aqui ok?” ORA, O QUE ELA ACHOU QUE EU FOSSE FAZER?

Como diria meu marido: Mongolóides! Hunf!

P.S: Ontem voltei ao hospital, mas foi bem melhor! Rs
P.S 2: Ontem foi o primeiro paredão do BBB. A “toda boa” de idéia “toda ruim” saiu com 87% dos votos. A-DO-REI! Fora sua chata! hahahahaha

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